O centrão não deve estar satisfeito com a escolha de Marcelo Queiroga para o ministério da Saúde. Os deputados do grupo endossaram a nomeação da médica Ludhmila Hajjar porque estão sentindo cheiro de queimado e queriam dar um cavalo de pau na política de combate ao COVID 19, pois estão vendo que essa maneira de atuar vai corroendo a popularidade do presidente. Mas Bolsonaro escolheu Queiroga, exatamente o oposto de Ludhmila, para continuar tudo igual. O presidente reafirmou sua posição com uma escolha perigosa, quase familiar, já que o novo ministro é amigo do sogro de Flavio Bolsonaro. O centrão não pode estar contente. Se a política continuar a mesma, como parece, vamos ter crise sobre crise e a imagem do governo vai indo pelo ralo. O Brasil está mal colocado para compra de vacina porque demorou a se mexer e a entender a gravidade da situação. Quando atingirmos 300 mil mortos – marca que, infeli0zmente, está próxima - a crise política vai aumentar e Bolsonaro não vai se livrar dela substituindo Pazuello.