Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Propaganda política

Propaganda política

 

Têm sido objeto de artigos e livros os estudos que aguardam publicação sobre a propaganda política que começa oficialmente agora, data já abandonada pelos candidatos que estão fazendo propaganda desde que se declararam futuros candidatos. Cada qual usará dos meios que lhe forem servidos e que forem por eles inventados, afim de se manterem numa berlinda visível para os eleitores de todo o País. Cada vez mais as eleições brasileiras atraem eleitores, não só do Terceiro Estado como de supostos Quarto, Quinto ou Sexto Estados , arrastando todas as áreas sociais, com peso maior dos setores menos favorecidos economicamente e, portanto, mais sensíveis à demagogia que imperará vultosa no pleito que se aproxima, para o mês de outubro.


Já vem em Aristóteles a crítica diante da pequena demagogia grega de sua época que impressionava-o, imagine-se o que é essa demagogia de agora, o vulto que ela tomou e como influi na direção dos negócios políticos e na administração do todo nacional. É o grande mal do nosso regime que, de resto, não tem como ser evitado, pois a massa de eleitores é muito grande e na sua maioria desinformada, exigindo, portanto, uma voz que os impulsione para as urnas e dê um nome que lhes facilite a ação de votar. Esse esquema só poderá ser atingido se a demagogia se impuser sobre o menos informado setor do eleitorado. É o que ocorre.


Queira-se ou não, o regime que os políticos consideram o mais atrativo e apesar dos defeitos que maculam ainda tem vantagens sobre outros regimes oferecidos à apreciação do cidadão simples que quer se informar.


A propaganda política tudo faz para satisfazer aos interesses de todos os grupos da sociedade, mas não pode evitar a demagogia, que é um dado intrínseco dos regimes democráticos.


 


Diario do Comercio (São Paulo) 05/07/2006

Diario do Comercio (São Paulo), 05/07/2006