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Pontos quentes no mundo

 

O Iraque está ainda sob o signo do fogo. A eleição, que levou ao poder um curdo foi uma solução democrática que o país missionário, e agregado à idéia de democracia segundo o molde americano, são os Estados Unidos, que desejam uma paz geral e perpétua, para que todos respirem o ar da democracia. Seria uma conversão generalizada, difícil de ser compreendida e realizada.


Agora, como se não bastassem os conflitos em várias partes do mundo, temos a China e o Japão como cão e gato, podendo emergir do confronto entre as duas potências, uma outra guerra sino-japonesa, como mantiveram as duas nações faz mais de cinqüenta anos. O que sairá disso, ou o que poderá disso sair, ninguém prognostica, por ser difícil imaginar o poderio das duas nações, sabendo-se que a China tem Força Armada bem preparada para uma guerra, mas o Japão não lhe fica atrás. O futuro das duas nações é, portanto, incerto.


Na Terra Santa continuam os combates. Paralisados por algum tempo, para verem as duas partes em conflito se chegam a um acordo de que saia um Estado palestino, ainda que minúsculo como um enclave de pequena dimensão. Mas é o que os palestinos querem, com o que podemos denominar independência.


Outros conflitos dentro da África, onde eles são permanentes, também preocupam as chancelarias, sobretudo os Estados Unidos, que pretendem exercer o papel de democratizadores do mundo, bem à sua imagem e semelhança.


O certo é que o mundo está em fase de choques e tão cedo não se acalmará. Notadamente no assim chamado mundo árabe, com sua recusa da laicidade, como estão fazendo os europeus ocidentais, com a nova Constituição da União Européia. Mas essa laicidade pode sair caro para os seus defensores.


Em todo o caso, sejamos mais otimistas do que pessimistas, e esperemos que o mundo compreenda que a paz deve prevalecer contra a guerra e os conflitos que tanto mal causam aos povos.


 


 


Diário do Comércio (São Paulo) 15/04/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 15/04/2005