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Petróleo nas alturas

 

A revista de alto conceito, The Economist , editada na Inglaterra, dedicou seu último número aqui chegado ao petróleo e seus problemas. Quem puder ler a revista vai ficar amargurado com a previsão da alta do barril, provavelmente a 100 dólares. Quanto teremos de pagar por litro, que já está em mais de 2 reais?


Não se sabe, mas o poder aquisitivo do brasileiro não terá capacidade para enfrentar as altas que serão objeto de decisão das concessionárias de distribuição de gasolina. O petróleo não terá fim, mas será um dos embaraços à vida de milhares de possuidores de automóveis.


Faz poucos dias publicamos um bom artigo do estudioso das questões do petróleo, de autoria de Luiz Gonzaga Bertelli. Esse articulista não é pessimista, mas entende que não tem o direito de ser otimista diante do problema do petróleo e da queda da oferta em face da procura, que aumenta assustadoramente com a produção de milhões de veículos por ano e sua venda em todos os países, onde a aspiração por um carro é luta.


O Brasil tem o álcool como substitutivo do petróleo, para uso de veículos a motor a explosão. Mas o álcool é limitado. Por mais que o Brasil produza, ainda não atenderá à procura. Pode passar do álcool de cana de açúcar ao metanol de eucaliptos, altamente tóxico, portanto, a produção limitada.


Estamos, como se vê, numa dificuldade de solução difícil, ainda que a ciência e a industrialização global muito façam e muito tenham feito para facilitar a sorte dos viventes de todos os países.


O fim do petróleo, previsto por nosso colaborador, é contestado por inúmeros estudiosos do problema do petróleo. Se vai acabar ou não vai deixamos para outros fazerem os estudos necessários. Somos leigos na matéria e não temos mais tempo para nos aprofundar nesse problema. Expliquem outros, por conta o fim do bruto.


De nossa parte, ficamos na expectativa e comentamos as duas acepções da existência do petróleo, lamentando, desde logo, que será uma desgraça o fim do óleo combustível e industrial.


 




Diário do Comércio (São Paulo) 13/05/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 13/05/2005