Sobre a força da televisão como mídia, muito já se escreveu. Em termos de comunicação, exerce uma notória liderança sobre os demais veículos – e devemos saudar o seu uso inteligente.
Numa oportuna promoção, a Rede Globo tem colocado no ar a campanha “O Brasil que eu quero”. Vai até setembro e, portanto, chegará perto das nossas eleições. Deixa, pois, uma panorâmica do que sente o nosso povo em relação às suas pretensões futuras.
Nitidamente, a prioridade recai na educação, como se pode perceber pela frequência com que os telespectadores a ela se referem. Mas a variedade é grande, como as sucessivas referências à crise moral, a condenação à corrupção, os apelos para a melhoria na saúde, na segurança e na administração, a valorização dos professores, o respeito às religiões, a condenação às desigualdades sociais, a valorização das crianças, a dignificação dos aposentados, o aperfeiçoamento da agropecuária, particularmente da agricultura familiar, a condenação ao racismo etc.
Como é imensa a penetração nacional da rede, as respostas vêm de toda parte, como se pode perceber por essa seleção de cidades que fizemos, na semana passada: Mirassol do Oeste(MT), Seabra(BA), Cerquilho(SP), Catolé do Rocha (PB), Santo Antônio do Paraíso(PR), Ministro Andreazza(RO), Rio de Janeiro, Mariana (Guaxupé, MG), Capão da Canoa(RS), Bujaru(PA), Nova-Friburgo(RJ), Lagarto(SE), Groaíras(CE), São João da Palha(ES), Itajubá(MG), São Bento do Sapucaí(SP), Fátima(BA), etc.
O Brasil tem 5.500 municípios e não é difícil acreditar que em todos eles esteja presente a imagem da TV, para as respostas possíveis. Difícil é o trabalho de seleção para que o quadro seja o mais amplo possível, reconhecida a diversificação da nossa complexa sociedade.
Outro setor que merece atenção especial dos telespectadores é o da segurança. O Brasil é um dos países em que mais se mata policiais. No Rio de Janeiro, dita capital cultural, somente no ano passado, foram mortos mais de 100 policiais, o que evidentemente é um número absurdo. Este ano, tudo caminha na mesma direção, embora se tenha feito uma intervenção de muitas esperanças e poucos resultados. O povo expõe suas esperanças de melhores dias. Será que isso virá com as novas eleições?
A campanha de “O Brasil que eu quero” é um expediente medidor de justas reivindicações. Os candidatos ali terão uma boa referência para os seus programas de governo. O que se pode, desde logo, inferir é que não há desinteresse do povo pelo seu destino. Ao contrário, há uma acesa paixão por temas que compõem um afinado painel de atendimento nacional, pois muitas questões são mesmo de interesse comum.
Essa ideia feliz iremos estendê-la ao Canal Futura, no programa “Identidade Brasil”. A pergunta será específica sobre educação, para que o povo brasileiro responda quais são as suas prioridades na importante matéria.