Já contávamos com o Bolsa Família, meritório projeto preliminarmente gestado no governo FHC, desenvolvido e consolidado no governo Lula. Hoje, diante das barbaridades vocabulares, sintáticas e ideológicas perpetradas na reunião ministerial do dia 22 de abril, que tal, evocando a comiseração divina (‘Deus acima de todos’), dar à turma uma chance de redenção?
O governo, valendo-se da circunstância de que toda a imprensa está concentrada nos gravíssimos e mal administrados problemas decorrentes do coronavírus, poderia aproveitar a ocasião para dar um golpe na ignorância e nos atentados ao bom senso e à língua portuguesa, reiteradamente praticados, em efeito manada, por várias autoridades.Para tanto, prescrevendo aos gestores do Executivo, sem contraindicação, doses maciças de gramatiquina, bastaria ao governo matricular muitos de seus assessores e ministros em nova modalidade de assistência e de socorro emergencial, com relevante função pública: o Bolsa Ignaro.
O Brasil precisa do Bolsa Ignaro
O Globo, 01/06/2020