Grande nação, com passado rico e peso nas relações internacionais com outros países, o Peru sofreu agora um abalo tremendo, um terremoto de alto poder destruidor na escala Richter.
Mais de quinhentos mortos, mais do que o dobro do trágico acidente aéreo em Congonhas. O Peru não tem economia para socorrer todas as vítimas e está esperando o socorro dos países vizinhos. Cabe a esses países, mesmo geograficamente distantes, socorrerem uma nação desprovida de recursos econômicos para atender às famílias dos mortos e os desabrigados.
Ninguém faz idéia do que seja a cólera da natureza irrompendo num país pobre, como ocorreu nos países asiáticos com o Tsunami, ou mesmo num país rico como os EUA, quando New Orleans foi inundada, ou como está ocorrendo no México.
O meio ambiente está sendo sacrificado terrivelmente por fenômenos naturais, que irrompem sem aviso e sem resistência a enfrentá-los, fazendo com que suas conseqüências - sempre enormes e fatais - sejam sofridas por milhares de pessoas. Manda a caridade cristã que se socorra essas nações com o possível auxílio material e moral, para que saiam tanto quanto possível da miséria em que se encontram. É o caso do Peru.
Não nos lembramos de outro sismo da extensão do atual. Lembramo-nos apenas dos terremotos que devastaram cidades do Japão e da Turquia, com mortos, desabrigados e perdas materiais que abalaram o orçamento de todas as famílias, inclusive as ricas, pois a extensão do abalo foi enorme nos dois países.
Infelizmente, nós só temos uma Terra para viver. As façanhas espaciais dos EUA não nos garantiram sobrevivência econômica. Devemos tratar bem a nossa Terra, defendendo nosso meio ambiente.
É o que pensamos da tragédia peruana.
Diário do Comércio (SP) 24/8/2007