planeta nasceu há cerca de 4,5 bilhões de anos, resultado de poderosa explosão de uma estrela gigantesca que por essa época vagava sem direção pelo que ficaria conhecido, pelos observadores contemporâneos, como Via Láctea. Fomos então convocados a conhecer melhor as leis que faziam funcionar o Universo, assim como descobrir novos meios de fazer as vidas nele e dele mais aceitáveis.
Mas isso só aconteceria muito depois, quando o novo planeta já teria um nome, Terra, dado por seus próprios habitantes.
Não se sabia direito o que ele queria de nós, o que nos estava reservado no futuro do planeta. Mas começamos a desvendar certas partes do mistério quando percebemos que os desejos dos criadores do Universo eram diretamente ligados a nosso provável comportamento final nessa operação.
Agora que núcleos tinham sido eliminados por suposta incorreção com a natureza do projeto, éramos fortalecidos graças a nosso domínio natural sobre a língua e à capacidade de lidar com sua pouca extensão de alternativas. A tecnologia podia ser até uma solução, mas nada se comparava à riqueza original de resultados mais naturais; e esses resultados só seriam alcançáveis e alcançados se fôssemos capazes de entender tudo sem precisarmos nos socorrer de inteligência artificial, de algoritmos misteriosos, de techs e seus rumos esquisitos diante da elevação pragmática de qual é mesmo o destino e/ou papel de nossas dúvidas nesse extenso Universo povoado só por elas.
Esse é um trabalho que acaba sendo coletivo. Cada passo que dermos adiante no lugar de quem não conseguiu se livrar do peso e das amarras de sua cultura, de quem não conseguiu topar a nova experiência, de quem não conseguiu pensar de maneira diferente dos que estão à sua volta, será sempre um passo corajoso e decisivo em direção a essas descobertas.
O planeta já contou com pensadores do passado que pareciam dispostos a desvendar tudo isso. Como já contou com gerações de seres que também se prepararam para esse papel, como os dinossauros que foram extintos há 66 milhões de anos por um objeto vindo do céu.
E desse modo chegaremos ao fim, descobertas.
O planeta já contou com pensadores do passado que pareciam dispostos a desvendar tudo isso. Como já contou com gerações de seres que também se prepararam para esse papel, como os dinossauros que foram extintos há 66 milhões de anos por um objeto vindo do céu.
E desse modo chegaremos ao fim, dessa vez sem mortos nem feridos, de uma análise de nosso destino no exato momento em que ele expõe o que precisamos conhecer. Mesmo que de tantas maneiras diferentes, invocando o direito de sermos felizes, até o modestíssimo desejo de acertarmos quando não temos mais saída alguma.