O presidente da Bolsa de Valores nasceu ouvindo falarem, até compreender, de títulos, cotações baixas e cotação do dólar. Seu pai foi um dos mais conceituados e acatados corretores de bolsa, dono de uma palavra de ouro, contra a qual ninguém ousava protestar ou tentar sair da linha reta da enérgica profissão. O filho não poderia ser diferente.
A administração de Raymundo Magliano Filho surge das diretrizes que seu pai lhe transmite de onde se encontra, na imensidão do reino de Deus, em não quer que ele malogre na profissão e seja o mesmo figurino do pai.
Estas considerações vêem por estar em alta a expressão do capitalismo que vai se formando em São Paulo, para integrar o país na área moderna do capital e de suas múltiplas aplicações para promover o desenvolvimento de que tanto necessita a nação. A Bolsa está demonstrando que gera o capitalismo e que este gera o desenvolvimento e este, por sua vez, eleva o padrão de vida das classes menos favorecidas, a fim de que tenham dias melhores e não tristes como os atuais, nas favelas e cortiços.
A Bolsa nos interessa obrigatoriamente, como interessou na formação do capitalismo americano, de uma acepção, o capitalismo alemão de antes da guerra e retomado depois da reconstrução, para fortalecer o capitalismo que iria absorver a Alemanha comunista. Quando, pois, vemos a Bolsa apresentar-se pujante, com movimento cotidiano sempre maior, temos de nos regozijar com seus administradores e corretores, por significar seu progresso o bem-estar futuro de milhões de brasileiros.
Mais uma vez se confirma que o marxismo-leninismo foi desservido de uma filosofia da realidade, que se aprende com o aristotélico-tomismo não com O Capital , nem com a abundância de palavras reunidas em dezenas de volumes, que tenho em minha biblioteca, de autoria de Lenine, o maior autor da língua de pau dos comunistas. É essa confirmação que significa o avanço do capitalismo.
Diário do Comércio (São Paulo) 07/03/2005