O vice-presidente, general Mourão, vai acabar assumindo o protagonismo na defesa da ala militar, que entendo está se aproximando de uma fase de reação. Não caiu bem entre eles a revelação, pela revista Veja, das intrigas e brigas palacianas da ala ideológica contra militares, principalmente contra o general Ramos. A desculpa meia boca do ministro Ricardo Salles não acertou as coisas. As brigas de bastidores continuam e nas redes sociais, os grupos ideológicos são violentos e incontroláveis. É uma situação difícil e o presidente Bolsonaro não está disposto a intermediá-la. Um militar me disse claramente que “o Jair é fraco de liderança”. Acredito que essa história ainda vai render.
O Globo, 30/10/2020