Li num jornal de Paris que a administração do metrô estuda fazer como os japoneses, engatar em cada composição um vagão especialmente exclusivo para mulheres que tomam o trem de manhã e voltam à tarde para casa, depois de um dia de grande labuta nos escritórios.
É preciso ter-se presente que a mulher tornou-se indispensável na administração privada e também pública. Mas há o tormento dos passageiros masculinos, que passam as mãos nas mulheres, numa estúpida bolina. Daí, ter sido bem recebida a notícia, embora haja oposição em nome da democracia.
Mas é muito provável que o metrô parisiense venha a ter o vagão especial para as mulheres, que terão sido beneficiadas pela distância dos atrevidos que as perturbam. Essa é uma boa idéia que deveria ser aproveitada aqui, pelo nosso metrô.
Como é fartamente sabido, o metrô é uma empresa pública bem administrada, merecedora de elogios pela qualidade de seu serviço. Mais uma iniciativa como essa, de engatar um vagão para as mulheres, deve ser bem acolhida por todas as interessadas. Que são milhares, todos dias úteis. Seria uma homenagem e um socorro às mulheres, que os fanáticos do sexo aborrecem.
Não vou mais além porque o assunto é esse, e como é para as mulheres, fazemos companhia ao metrô, pois as mulheres ficarão contentes por não serem apalpadas pelos moleques que também tomam a composição para irem ao trabalho.
Sejamos como os japoneses, que dão grande importância ao transporte de mulheres, pela popularidade do sexo feminino na economia moderna.
É impossível administrar empresas sem o concurso das mulheres e no funcionalismo elas são a chave da boa condução dos negócios públicos.
Evidentemente, a idéia demanda estudos pelos técnicos, que vão ver se é possível a sua concretização. Mas, com uma engenharia especializada como tem a empresa do metrô, é possível chegar ao objetivo tanto desejado pelas mulheres.
Diário do Comércio (São Paulo) 17/06/2005