A derrubada pelo Congresso da Lei de Segurança Nacional (LSN), coincidentemente no mesmo dia em que houve a “patacoada” no palácio do Planalto, é simbólica. Basta ver que ela dizia o que não podia ser feito, mas todos os pontos proibidos já haviam sido expressamente aprovados pela nova Lei de Segurança do Estado de Direito, como manifestações de oposição, passeatas, críticas ao governo e imprensa livre. A LSN feita numa ditadura, num regime militar e já deveria ter acabado há muito tempo. É como a lei de imprensa, que ficou em vigor muitos anos sem o menor sentido. As duas deveriam ter sido extintas junto, são dois entulhos autoritários importantes de serem removidos. Agora vai a sanção do presidente Bolsonaro, que é até capaz de vetar. Mas se o fizer, vai criar um problema sério com o Congresso e assim vai minando a possibilidade de apoio. No Senado, Rodrigo Pacheco está firme e se colocando candidato à sucessão presidencial. Na Câmara, Artur Lira está sendo colocado em xeque pelo próprio presidente, que não respeita a decisão contra o voto impresso e continua dizendo que ganhou a votação.