Os monges do deserto afirmavam que era necessário deixar as mãos dos anjos agirem. Para isso, faziam coisas absurdas, como falar com flores ou rir sem razão. Os alquimistas seguiam os “sinais de Deus”, pistas que muitas vezes não faziam sentido, mas que levavam a algum lugar. “O homem moderno quis eliminar as incertezas e dúvidas de sua vida. E terminou por deixar sua alma morrendo de fome. A alma se alimenta de mistérios”, diz o deão da Catedral de São Francisco. Não tenha medo de ser chamado de louco. Faça hoje algo que não combine com a lógica que aprendeu. Contrarie um pouco o comportamento sério que lhe ensinaram. Esta pequena atitude, por menor que seja, pode abrir as portas para uma grande aventura humana e espiritual.
Extra (RJ) 22/7/2007