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A imagem do nazismo

 

Quem lê, ainda hoje, a história da formação do partido nacional socialista dos trabalhadores alemães, ou, simplesmente, na abreviatura alemã, nazismo, tem o conhecimento seguro da submissão da nação alemã ao partido. O partido se sobrepôs à nação e passou a dominá-la em todos os sentidos. Nada se fazia sem ordem do partido e Hitler, todo poderoso, no alto da hierarquia do mando, tinha as mais barulhentas dentre as idéias que um chefe poderoso pode ter.


Domina-se uma nação, seja ela o Gabão, o Brasil, a Argentina ou a Alemanha, tendo-se o domínio dos meios de comunicação, hoje muito mais desenvolvidos e poderosos do que nos tempos do sr. Goebels, ou da Prensa argentina, ou dos jornais que circularam durante a fase dos totalitarismos e ditaduras que enxamearam pelo mundo na década de 30, durante a guerra e, mesmo, depois da hecatombe desencadeada por Hitler, para sanear, como pregava, a nação alemã.


O Conselho Federal de Jornalismo, o CFJ, ou numa sigla como conjo, melhor melodicamente para uso diário, está no mesmo princípio dos meios de comunicação nazistas, fascistas, sem se dizer do Pravda , russo, que vinha dos tempos dos czares. Com o jornal nazista e a rádio, o nazismo de Hitler fez da Alemanha o que quis fazer, levando-a para a guerra, sem nenhum necessidade, apenas para demonstrar poder, que foi, efetivamente, demonstrado.


O Partido dos Trabalhadores, nas mãos de Lula e seus companheiros, um dos quais, José Dirceu, em nossa opinião futuro presidente da República, se Lula não quiser ser reeleito, o que duvidamos, esse partido terá no Conselho Federal dos Jornalistas, manipulando-o, para que sejam publicadas, como no tempo do DIP de Vargas, somente as notícias de interesse do presidente e dos poderosos do momento. É o que vemos nesse projeto, que já tem apoio na classe, cuja posição deveria ser-lhe contrária. É isso.


 


Diário do Comércio (São Paulo - SP) 18/08/2004

Diário do Comércio (São Paulo - SP), 18/08/2004