A partir do momento em que o presidente Bolsonaro entendeu que não conseguiria governar sem o apoio do Congresso, e passou a fazer acordo com o Centrão e outros aliados, está aprovando projetos importantes, como o marco regulatório do saneamento, e negocia o FUNDEB. Apesar de alguns curto circuitos, estão negociando bem. O Centrão manobra para ocupar espaço, quer o cargo do ministro Luiz Eduardo Ramos e a liderança do governo na Câmara. É a velha política - com troca-troca, toma lá, dá cá e liberação de verbas - sendo feita depois de um ano e meio de tentativas esdrúxulas de criminalizar a política, e a relação com os parlamentares. O problema é que os governos não conseguem fazer política sem o toma lá, dá cá, e as brigas internas são muito grandes. O novo ministro das Comunicações, Fabio Faria, briga nos bastidores com Luiz Eduardo Ramos para definir quem é o maior interlocutor do governo. Bolsonaro abandonou o combate à corrupção após as denúncias contra ele e os filhos, e está se unindo ao Centrão, inclusive para derrotar o ex-ministro Sergio Moro, potencial candidato em 2022 e voltou-se à velha política de sempre.