Alguma coisa não está funcionando no Brasil — poderia dizer no mundo, mas fiquemos no Brasil, que está mais próximo da gente. Seria o caso de perguntar se não foi sempre assim, já tivemos até momentos piores, embora menos complicados.
Dona Dilma aparece muito, em vários lugares e circunstâncias, garantindo que tudo está nos conformes. Acho que ela perdeu um pouco de seu rebolado.
Não consegue domesticar sua base aliada, e a base não aliada também não consegue domesticar-se entre si — a confusão é geral e a grande incógnita do momento não é saber quem será candidato a candidato presidencial, a questão agora é saber onde esta o Amarildo, que, por sinal, não é candidato a nada, a não ser a defunto.
Se, no Executivo, as coisas estão complicadas, no Judiciário temos o Supremo complicadíssimo, não só no plenário, mas nas adjacências.
O termo jurídico apropriado — e que foi usado abertamente — limitou-se a "chicana". Nos botequins espalhados pelo território nacional, o termo seria outro e impublicável.
O Legislativo não fica atrás em matéria de confusão e falta de decoro. A reforma política está seguindo a trajetória da reforma agrária, que nunca foi feita e era cláusula pétrea de todos os partidos e candidatos a qualquer coisa no país.
O povo, bem, o povo reclama da corrupção e da vida em geral, é função histórica que ele cumpre com mau humor, mas nunca se ouviu dizer que esteja satisfeito. Já foi o tempo em que o problema da nação era saber onde estavam os ossos de Dana de Tefé. Agora, é saber onde está o citado Amarildo, em carne e osso ou somente em osso.
Por Júpiter! A coisa está feia. O herói nacional é um argentino que aconselha a se botar mais água no feijão. E o Brasil perde ate para a Suíça. Por gol contra.
Folha de S. Paulo (RJ), 18/8/2013