Estou de acordo em número, gênero e grau com o editorial do jornal O Estado de S. Paulo sobre o Faroeste Brasileiro , um bom título para a destruição de nossa riqueza florestal: a Amazônia. Vamos à realidade: o falso desenvolvimento da Amazônia vai acarretar dentro de muito pouco tempo a destruição da maior reserva florestal do mundo, para o abastecimento de marcenarias, carvoarias e até mesmo para a plantação da maconha.
O que nos interessa são os grileiros e fazendeiros que querem fazer fortuna com o desmatamento da floresta amazônica. O professor Paulo Nogueira Neto fez na Academia Paulista de Letras uma conferência de improviso sobre o meio ambiente. Todos os aspectos da atualíssima e inarredável questão foram abordados, não ficando um só ponto de vista, nem opinião, aberto a debates prejudiciais a Amazônia, a nossa selva brasileira.
Já me envolvi bastante nessa questão, escrevi vários artigos defendendo a criação de um exército exclusivo para a Amazônia, dotado de aparelhamento adequado ao meio ambiente e preciso nas investigações científicas que devem ser feitas no grande cenário. Evidentemente, não recebi nenhuma resposta, nenhum pronunciamento e nenhuma promessa de decisão, como se eu tivesse escrito para as nuvens, de quem aproveitamos as águas.
Está aberto o debate sobre a floresta amazônica. Já foram escritos milhares de artigos e ensaios para convencer os brasileiros e o mundo de que a floresta não resulta em lucro contábil, mas em lucro científico, que é diferente, e desse não cogitam os exploradores das riquezas daquele local.
O assunto é extenso. Fico por aqui, certo de que já dei o recado, sem esperança de resposta, como sempre acontece com as coisas de interesse do Brasil.
Diário do Comércio (SP) 2/3/2007