Leio espavorido que professoras têm sido atacadas por alunos mal criados. Não há o que defender nessa raça de maus bofes.
São milhares os professores que faltam para compor o quadro de ensino no Brasil. Já citamos a Coréia do Sul, um pequeno país, mas que serviu de exemplo, por ter se concentrado na educação e em pouco tempo impressionou o mundo com suas realizações tecnológicas, com o avanço de seu progresso e sua elevação diante das grandes potências mundiais. A prova disso está agora num anúncio, repetido em vários jornais do Ocidente, sobre o automóvel Hyundai, apresentado como o primeiro fabricado com novas técnicas, novo empuxo e nova apresentação, de fazer inveja à antiga industrialização dos veículos nos EUA e na Europa.
Evidentemente, não se pode subestimar a situação da indústria automobilística ocidental, principalmente a americana, que satisfaz a seu povo, não obstante a concorrência que lhe é feita por outros fabricantes do Ocidente e do Oriente.
Passemos agora ao ensino no Brasil, que se distancia daquela pequena república oriental. Leio espavorido que professoras têm sido atacadas e ofendidas fisicamente por alunos mal criados, sem educação e sem compostura, que ofendem professoras e professores, que em outras épocas eram louvados e admirados por seus alunos. Nunca se imaginou naquele passado que professores seriam vítimas de ataques pessoais, que causam danos físicos e psicológicos gravíssimos, devendo serem tratados com apoio psicológico. Os tempos são outros, evidentemente, mas nunca imaginamos que chegaria a esse ponto a ofensa pessoal a mestres que se dedicam ao trabalho penoso e mal remunerado de ensinar as primeiras letras a alunos que não se comportam dignamente nas salas de aula. Não há o que defender nessa raça de maus bofes, que já prevêem um futuro sombrio para a sociedade que os vai receber no futuro com empregos para ajudar a economia nacional.
Fico por aqui, nauseado com o que tenho lido sobre o ensino, sobre a falta de professores e sobre as agressões praticadas contra mestres dedicados ao seu ofício penoso e exigente.
Diário do Comércio (SP) 6/7/2007