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Empregabilidade - 1

 

Participamos, em São Paulo, do 7º Seminário CIEE sobre Empregabilidade/3º Setor, na Gazeta Mercantil. Foi um encontro promissor, do qual resultaram inúmeras recomendações e consideramos pertinente ressaltar, algumas,para fins de reflexão.


A publicação na Gazeta Mercantil (gratuita) dos balanços sociais foi um avanço a ser assinalado; há uma relação saudável entre as empresas mais admiradas - e até mesmo amadas - são as que se empenham decisivamente nos processos de filantropia; o País não pertence ao Governo, mas a todos nós; luta-se para que o 3º Setor não tenha a exagerada tributação de hoje; o Governo costuma ter a visão somente da arrecadação; o 3º Setor não tem recebido a consideração devida; o voluntário é um ser abençoado; queremos aperfeiçoar a relação juventude/escola; a criação dos estágios nas empresas foi um grande avanço. O Cife mantém cerca de 250 mil estágios em empresas públicas e particulares; hoje, há 1 milhão de jovens ansiando pelo primeiro emprego, o que mais interessa ao jovem brasileiro é o emprego salvador. Em recente pesquisa, o namoro ficou em segundo lugar.


Outras sugestões:


A fartura de empregos significa um comportamento adequado da economia. O contrário é a crise social, com a multiplicação dos problemas. O desemprego está com números muito altos; na região metropolitana de São Paulo há 2 milhões de desempregados (1 em cada 5 trabalhadores); médias, pequenas e microempresas estão sendo fechadas, num quadro desolador; o Governo precisa trabalhar para reverter esse quadro. Vários programas têm sido desativados, o que causa preocupação; criar problemas para os programas que funcionam, como é o caso do estágio, não nos parece a melhor solução; não é hora de dificultar o acesso do jovem ao primeiro emprego. Deve-se assegurar a empregabilidade aos nossos jovens e sua melhor qualificação; recessão, carga tributária exagerada, juros abusivos, inflexibilidade das leis trabalhistas - são problemas a serem superados; devemos prestigiar os programas de educação permanente, compreendendo-se que a aprendizagem é para sempre.


E uma outra contribuição:


O que desejamos é o desenvolvimento verdadeiro, de bases sólidas; o CIEE realiza um fantástico esforço de construção nacional, em mais de 40 anos de atuação.


Horácio Piva, presidente da Fiesp, ressaltou que a Fiesp sempre entendeu que é essencial o investimento em educação, como fazem o Senai e o Sesi, organizações modelares, pois a educação é prioritária - e ela é que dará melhores condições de vida ao povo brasileiro.


Para concluir, disse José Pastore:


Educação de má qualidade e legislação ultrapassada são grandes obstáculos; prevê-se o encolhimento do emprego no setor primário (de 23% para 15% em 10 anos).O mesmo ocorrerá no setor secundário. E se ampliará muito no setor terciário (serviços); aumentará muito o papel da competência. Quer-se resposta e não currículo; não bastará ser adestrado, precisará ser educado (e de forma permanente); as condutas serão muito observadas. Aí entra a missão da ética, da garra, da disposição para o estudo contínuo; o esforço do estágio, como faz o CIEE, é muito apreciado, na formação de profissionais com capacidade e vontade de aprender, com o vírus de aprender em situações de trabalho.


 


Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) 17/05/2004

Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), 17/05/2004