A escolha do General Paulo Sérgio Nogueira para o Comando do Exército, e o destaque dado pelo novo ministro da Defesa, Braga Netto, ao combate da pandemia de COVID-19, são derrotas simbólicas do presidente Bolsonaro, que teve que escolher os novos comandantes entre os de maior antiguidade nas três Armas, e não aqueles que lhe são mais próximos. O General Paulo Sérgio deu uma entrevista no fim de semana ao jornal Correio Brasiliense destacando o sucesso que o cuidado do Exército teve com o combate à pandemia, ressaltando que o índice de letalidade na corporação é de 0,3%, enquanto no país está em 2,9%. A escolha pela antiguidade é uma tradição das Forças Armadas, mas o presidente da República, como Comandante em Chefe, pode escolher entre os oficiais superiores. Saindo da antiguidade, no entanto, estaria criando incômodos para os militares. O Almirante Garnier, por exemplo, era o segundo em antiguidade, mas foi o escolhidos. É considerado o mais habilidoso dos Almirantes que estavam na lista, e já era secretário-geral do ministerio da Defesa. Os dois são ligados ao demitido General Luis Fernando Azevedo e Silva, antigo ministro da Defesa, e ao Comandante do Exército Edson Pujol.