Após a vitória, em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump referiu-se várias vezes ao colosso norte-americano que ele pretende recuperar e, se possível, aumentar.
Podemos lembrar como se formou esse colosso ao longo do tempo. Não havia ONGs, Greenpeace e ONU para reclamar. As chamadas 13 colônias originais eram uma estreita faixa de terra que ia do Maine à Georgia, na costa atlântica. Aí surgiram os tratados, as anexações e as cessões.
A Flórida foi comprada em 1819. Uma enorme porção foi adquirida e reconhecida em 1783: os atuais Estados do Alabama, Mississipi, Illinois, Ohio e outros. Os estados centrais (Arkansas, Oklahoma, Kansas, Iowa e as duas Dakotas) foram comprados em 1803. A faixa voltada para o Pacífico foi cedida pelo México em 1848. E a parte sul, segundo os mapas históricos, foi simplesmente anexada em 1845.
As 13 colônias originais formaram o colosso lembrado agora por Donald Trump. Antes era habitado por peles vermelhas, touros sentados e filhos do trovão que atiravam flechas contra os pioneiros e a mala postal defendida por John Wayne sob a direção de John Ford.
Todo esse território comprado, adquirido ou anexado produziu a grande nação que hoje tem praticamente o domínio econômico e militar do mundo inteiro. E foi a ele que o presidente eleito se referiu orgulhosamente como a sua meta protecionista que recuperará os velhos tempos, hoje bagunçados por hispânicos, latinos, traficantes e até mesmo pelos bandidos do Estado Islâmico.
Em todo o caso, os Estados Unidos deram ao mundo um momento que valoriza a democracia. Fica aberta a pergunta: a democracia é mesmo a melhor forma de governo, excluindo-se todas as demais?