A autorização do Conselho de Administração e da diretoria da Petrobras para mudança no estatuto da empresa e facilitar a nomeação de políticos para cargos executivos é um movimento que já estava em curso antes, desde que ministro Ricardo Lewandowski deu um voto monocrático mudando a lei das estatais, aceitando uma brecha ´para que políticos fossem indicados para cargos. Foi um retrocesso, e indicava a intenção de voltar a ideia de que políticos devem ocupar diretorias, nas mesmo depois do que aconteceu no petrolão. É consequência desta estratégia, que o PT sempre defendeu. O partido sempre quis atuar nas estatais, no sistema previdenciário das empresas para controlar a direção e orientar no sentido partidário. Não é uma novidade, é um retrocesso já previsto e lamentável. Lamentável que o PT continue com essa visão estadista que tem que controlar todos os setores da economia. Já deu errado e vai dar de novo. A ideia de capitalismo de Estado é uma ideia do PT que não se coaduna com o ocidente, com a ideia de uma economia aberta.
A divisão dos cargos entre os partidos da base aliada é outro retrocesso político violentíssimo, produzido pelo centrão, que controla o congresso e o PT, que adota estas relações partidárias para governar. É o famoso caso do ex-deputado Severino Cavalcanti, que disse que queria a diretoria da Petrobras “que fura poço”. O pior é que essas coisas voltaram a acontecer e as pessoas defendem como se fossem a coisa mais natural do mundo. Perderam o pudor completamente. O final disso não é muito bom.