O Brasil está preparado para grandes lances na economia, desde que tenha uma administração desenvolvimentista.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ir à Suécia e a outros países bálticos que o subcontinente brasileiro lhe garante aplausos pelo comportamento da economia. Essa nossa danada economia cresceu 5,4% no segundo trimestre de 2007 em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o melhor desempenho da economia desde o segundo trimestre de 2004.
Releva notar que as importações cresceram mais do que as exportações. Vê-se que está fazendo falta o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, com o seu dinamismo e sua vocação para mascate de nossos bens primários e secundários. O subcontinente brasileiro está preparado para grandes lances na economia, desde que tenha uma administração não-burocrática e desenvolvimentista, capaz de desanuviar o caminho econômico com facilidades para os exportadores, e com uma programação interna dinâmica e efetiva para os empresários de qualquer categoria.
OBrasil é um grande país que tem sido mal governado. Se tivermos juízo e soubermos escolher bem os políticos que vão nos representar no Congresso e nas assembléias legislativas, acertaremos o rumo e daremos lições a outros povos, como se faz numa grande nação, que o Brasil ainda virá a ser. As várias reformas que estão em curso devem chegar ao fim para obter os resultados esperados e dar ao Brasil o que ele merece - uma correção severa da distribuição de renda, que acompanhe a ascensão dos menos favorecidos, até hoje deslembrados pelos poderes públicos.
O PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre veio provar que temos capacidade para a recuperação econômica. Nervosos como somos, chegamos a tremer de medo com a crise americana. Citamos aqui a opinião de um grande economista, que nos advertiu de que a crise não chegaria ao Brasil. Chegou, mas tudo leva a crer que ela passará depressa, pois a nossa reação foi decisiva para manter um nível de vida já alcançado por algumas classes, embora outras ainda fiquem aguardando a sua oportunidade.
Essas são as considerações que fazemos sobre a perfeição do segundo trimestre econômico no nosso País.
Diário do Comércio (SP) 17/9/2007