Quando Einstein anunciou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que poderia ser fabricada a bomba atômica, já tinha conhecimento o sábio que outras bombas atômicas poderiam ser fabricadas no futuro. Previamente, outros países anunciaram em pouco tempo que possuíam ou possuiriam a bomba atômica. Foram empreendidos esforços para impedir a proliferação, mas a assinatura de tratados não vale nada, e a bomba ficou armazenada em arsenais, para uso eventual.
Vimos que a ONU, com seu pessoal altamente preparado, pesquisou o mais que pôde no Iraque e não conseguiu provar que Saddam Hussein poderia fabricar a arma letal terrível. A guerra de Bush veio para demonstrar que Saddam mentia. Mas, na verdade, o ditador não possuía a bomba e nem mesmo poderia fabricá-la, a ao menos em pouco tempo. Ficou de fora, no entanto, um outro ditador, o da Coréia do Norte, e este acabou fabricando a bomba, e a já anunciou que a possui.
Que vai acontecer agora, que uma nação comunista e stalinista, ainda mais, possui a bomba atômica e poderá criar o pânico entre as nações, sobretudo a Coréia do Sul e os Estados Unidos. Usada contra a Coréia do Sul, desmancha um dos mais bem organizados países do presente, uma nação que, em poucos anos, tornou-se um dos grandes concorrentes internacionais de outros produtores de numerosos artigos do rol de mercadorias que os povos procuram para melhorar de vida.
Na realidade, temos o direito de ficar amedrontados, pois a bomba poderá cair numa das cidades brasileiras, se assim entender o ditador da Coréia do Norte, país de famintos com uma bomba atômica, que pode lhes trazer a morte de um momento para outro. O anúncio da bomba é um desafio lançado a todos os países, mas, principalmente, aos asiáticos mais próximos, como o Japão e a China. Estamos em cima de vulcão figurado, pois a bomba é mais ameaçadora do que toneladas de lavas ardentes.
Diário do Comércio (São Paulo) 15/02/2005