Tivemos no Brasil uma longa fase amadorista no trato da questão ambiental. Era bonito ou feio tratar dessa ou daquela maneira o que se referisse ao meio ambiente, até que se tenha passado à fase profissional, séria, com o convencimento de que a preservação da natureza é essencial à vida. Veja-se o caso de Furnas, uma grande empresa, que criou este ano a Superintendência de Gestão Empresarial, elevando os cuidados do tema dentro e fora da empresa. Isso integra o seu esquema de responsabilidade social.
Hoje existe uma política ambiental pioneira, trabalhando pela melhoria da qualidade de vida na Terra. Em 1976 a empresa implantou a Estação de Hidrobiologia e Piscicultura de Furnas, com a finalidade (vitoriosa) de repovoar os reservatórios das usinas erguidas ao longo do rio Grande, magnífica herança dos tempos de JK. Informações ambientais são passadas aos seus funcionários e às comunidades concernentes, com programas de monitoramento de variáveis ambientais, como recursos hídricos, sismo, clima, lençol freático, processos erosivos, água, ar, ictiofauna, fauna terrestre e alada. Conhecemos esse trabalho de perto, desde as suas origens. Hoje, são 23 unidades em que se luta para a conservação da vida.
Com 10 hidrelétricas e duas usinas termelétricas (Santa Cruz e Campos), Furnas tem uma potência nominal de 9.290 MW, abastecendo de energia vastas regiões do País, exigindo uma segura e responsável proteção ambiental. Interferências ambientais são rigorosamente controladas, com as estações ecológicas, reservas biológicas, parques nacionais, monumentos naturais e refúgios de vida silvestre. Não fora assim, estaríamos vivendo tempos incríveis de degradação ambiental, como, aliás, costuma ocorrer com outras grandes empresas que não tiveram os mesmos cuidados.
Os brasileiros, em geral, têm muito orgulho da performance técnica de Furnas Centrais Elétricas, e hoje há um adicional de admiração com os cuidados que são prestados à nossa biodiversidade. Veja-se o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, com exemplares típicos da fauna do cerrado; o Parque Nacional da Serra da Bocaina, numa vertente da Serra do Mar; o Parque Estadual Terra Ronca (Goiás); o Parque Estadual dos Pirineus (Centro-Oeste), o Parque Estadual de Caldas Novas (Goiás); o Parque Ecológico Ulysses Guimarães (Goiás); a Área de Proteção Ambiental de Chapada dos Guimarães (Mato Grosso), onde se afirma que desceram os primeiros ETs no Brasil (acredite quem quiser), etc.
Há outras áreas de Proteção Ambiental e Parques Ecológicos, sob os cuidados especiais de Furnas, como nos disse pessoalmente o presidente José Pedro Rodrigues de Oliveira, com Unidades de Conservação preferencialmente situadas nas proximidades dos seus empreendimentos. Assim são preservadas a fauna e a flora, na medida do possível, com os técnicos de Furnas dando um show permanente de competência nas operações de resgate de fauna durante a formação dos seus grandes reservatórios. Assim se formaram bancos de venenos, tecidos, parasitas, sangue, etc. ensejando a conservação e os estudos de mestrado e doutorado que colocam o Brasil numa posição ímpar diante de outros países desenvolvidos.
Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em 06/10/2003