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Cidade Chic

 

Paris, 25 de Setembro. Viajei à Paris, ou me decidi por uma viagem e escolhi Paris a conselho dos médicos, que me trataram a depressão resultante do dramático mês de dezembro do ano passado, quando minha esposa entrou em fase agônica e veio a falecer.


Escolhi Paris por conhecê-la mais ou menos bem e escolhi ir a Cote d’Azur por ter passado naquela encantadora região da França os melhores momentos da minha vida.


Hoje de manhã, com minha sobrinha, uma acompanhante e uma gentil secretária, fomos flanar pelas ruas do centro da alta costura do mundo, por quanto Paris continua imbatível a vestir bem a mulher e realçar os seus dotes de beleza.


O dia estava de um azul profundo, parecia que esta vila deslumbrante fôra colocada num sacrário de veludo. As vitrines dos costureiros são tentadoras, mas lembrem-se os leitores da coluna que pretendem fazer compras neste território mágico que a vida em Paris está caríssima ou a nossa moeda vale muito pouco.


Um aspecto interessante do que é Paris para França é que o número de turistas é maior do que a população do país, canalizando para o reduto francês um enorme montante. O turismo alimenta várias economias setoriais; a cozinha, que tem para todos os gostos e bolsos, a costura que tem também para as milionárias, para as abonadas e para as proletárias, pois também há vestidos bem costurados a preços módicos.


Nesse domingo, em que flanamos muito, até a hora do almoço, às 14h, deu bem para nos satisfazer com Paris e ver de longe ou de perto os seus bulevares, as suas avenidas, a sua suntuosidade. De Paris pode-se dizer que sempre nos lembraremos dos dias passados sobre o céu desta cidade tão bonita e tão envolvente.


Concluo dizendo que Paris é a cidade mais chic do mundo.




Diário do Comércio (São Paulo) 13/10/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 13/10/2005