Bolsonaro está entrando numa fase muito perigosa, porque, caindo sua popularidade como está caindo e ficando cada vez mais refém do Centrão, vai entregar todos os anéis até não conseguir mais. Cada vez que o debate sobre impeachment aumenta, cresce também a necessidade de apoio do Centrão e do futuro presidente da Câmara. E se a economia, como tudo indica, for perdida esse ano novamente, a crise social vai se agravar. Não é à toa que os dois candidatos do governo, na Câmara e no Senado, estão defendendo a volta do auxílio emergencial. Foi esse auxílio que fez a popularidade dele e pode vir a fazer novamente. Corremos o risco de uma crise social grande, com o governo rompendo o teto de gasto e o compromisso com o equilíbrio fiscal, para manter a popularidade.