Partidários dos movimentos da sociedade contra o governo acham que não é o momento de fazer protestos nas ruas, pois há o perigo de pessoas se infiltrarem para fazer baderna. Mesmo assim, várias manifestações estão programadas para o próximo domingo e deve haver confronto, apesar de o presidente Bolsonaro ter pedido aos seus seguidores para não se manifestarem. Bolsonaro criticou – com razão – a baderna que aconteceu em Curitiba, em protesto contra o racismo e o fascismo. O problema é que ele só critica um lado – o que é contra ele é terrorista e perigoso e incentiva seus seguidores a andar armados, para proteger a democracia. O melhor exemplo é o acampamento dos 300 em Brasília, comandado pela Sara Winter, que posa armada com revolver e metralhadora e está sendo investigada pelo STF no inquérito das fake news. Hoje Bolsonaro anunciou que vai flexibilizar a posse e o porte de armas. São demonstrações de agressividade perigosas num momento como o que estamos vivendo, em que o presidente perde a capacidade de ser intermediário, um negociador entre as partes, porque está envolvido com um lado da questão e o incentiva a se manifestar e a se armar. Cria uma situação perigosa.