A bolsonarização dos quarteis é um tema delicado da nossa política. Bolsonaro foi um capitão praticamente expulso do exército, classificado pelo ex-presidente Geisel como um mau soldado. Como político, sempre defendeu os interesses corporativos dos militares, principalmente os de mais baixo status, até nas portas dos quartéis. E mesmo como presidente, dedica muito tempo aos quartéis. Foi pelo menos uma vez por mês a solenidades de formação de militares. Tenta ter os quartéis em sua mão, e como presidente, tem a possibilidade de usar esses militares de baixa patente para se contrapor à alta cúpula militar, que muitas vezes reage às suas posturas, apesar de ter atraído oficiais superiores com cargos importantes no governo. Essa política de ter influência na alta cúpula e nas baixas patentes gera preocupação no meio político e nos militares de patente superior, que se preocupam com a entrada da política nos quartéis.