Reportagem de capa da revista "Época" revela o que foi possível saber sobre o estado de saúde da presidente Dilma. Nada preocupante aos olhos de um leigo, mesmo assim, são necessários exames e procedimentos de rotina, como acontece a qualquer adulto acima dos 50 anos.
Na semana passada, falou-se até na hipótese de uma renúncia ou de uma licença para tratamento - não parece que seja o caso de medida tão extrema.
Dilma tem seus médicos de confiança e dispõe até de um estepe circunstancial, uma vez que o chefe de seu Gabinete Civil é médico. Por sinal, de sua absoluta confiança no que diz respeito à condução da política do governo.
Como qualquer brasileiro, torço para que ela supere os problemas que enfrentou neste início de gestão. A agenda de um presidente, homem ou mulher, é severa e requer acompanhamento médico adequado. Quanto ao seu principal auxiliar, cujo nome continua na boca das matildes, é bom que não se encarregue da saúde presidencial. Pode não dar certo e piorar as coisas. Todo cuidado é pouco.
Mudando drasticamente de assunto: o presidente americano, Barack Obama, sugeriu que Israel voltasse às fronteiras de 1967.
Como disse o premiê Binyamin Netanyahu, é um regresso ao passado e todos devemos pensar no presente e no futuro. Acontece que o próprio Netanyahu lembrou os tempos bíblicos das desavenças entre a Samaria e a Galileia -na famosa cena do poço, uma samaritana acha estranho que um galileu, como Jesus, pedisse água a ela. O premiê israelense voltou a um passado mais remoto do que o de Obama.
E se a moda pega, voltaremos um dia ao Big Bang, que segundo uma teoria em voga, deu início a tudo no universo, incluindo o Sol e as outras estrelas, as pizzas napolitanas e os bens patrimoniais das autoridades brasileiras.
Folha de São Paulo, 31/5/2011