O procurador-geral da República, Augusto Aras tomou finalmente uma providência contra os ataques ao Ministério Público. Na verdade, ele foi brincar com fogo e acabou se queimando. Começou com uma onda contra os procuradores, acabou com a operação Lava-Jato e agora está recebendo o troco: a possibilidade de o MP em si ser atacado e julgado. A função dele é ser acusador mesmo. Aras fica com uma proximidade promíscua com o governo Bolsonaro, se aproveitou do STF para acabar com a Lava-Jato e está vendo que pode acabar sendo um tiro a sair pela culatra. Os procuradores agora são a bola da vez, todos querem tirar casquinha e investigá-los. Ele fica querendo proteger políticos, aceita qualquer pressão, e acaba tendo esse problema. De maneira geral, todos os procuradores estão preocupados porque tira a possibilidade de atuarem. Qualquer investigação pode ser acusada de estar sendo feita com base política, anulada e os procuradores, punidos. Claro que eles não podem ser inalcançáveis, precisam ter limites na lei, mas está acontecendo uma caça às bruxas.