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Antônio Ermírio

 

É de homens como Antônio Ermírio que necessitamos. Felizmente contamos com ele, e já nos basta.


Recebi o livro de Antônio Ermírio de Moraes com esse título fascinante: Somos todos responsáveis. Vivemos numa nação doente, politicamente, economicamente, culturalmente, e outras enfermidades que seria longo arrolar. Fiquemos com Antônio Ermírio. Fui grande amigo de seu irmão, já falecido, José Ermírio de Moraes Filho, o mais velho do clã. Antônio Ermírio é o pensador da família, depois do pai, que tanto escreveu e falou a respeito dos problemas nacionais.


Seu livro é uma reunião de artigos publicados aos domingos na Folha de S. Paulo, onde ele tem um número elevado de leitores de seu estilo claro, sem literatura e pronto para ser assimilado. No exemplar que tenho em mãos, pergunta ele: "De que tipo de juventude o Brasil precisa? De que tipo de país a juventude precisa?".


Entre um e outro texto, Antônio Ermírio faz um balanço do porquê somos todos responsáveis. Ele coloca várias questões no seu substancioso livro, que parte de várias questões e finaliza com essa devastadora meta: a educação. Esse é um assunto que tenho debatido vezes sem conta e não alcanço governo que saiba prestar atenção às proposições, como ao que diz Antônio Ermírio e tantos outros.


Antônio Ermírio, para ficarmos só nele, é um mestre leigo, sabe lançar idéias no seu meio e no País através das entrevistas que concede e através dos artigos que escreve. O mestre leigo aproveita os veículos de que dispõe e lança essas palavras lapidares, dignas de um frontispício, como os americanos gostam de usar; este, por exemplo: "Uma nação só cresce mediante a conjugação de esforços de seu povo. Condutas e comportamentos são fundamentais e indicam o cumprimento de responsabilidades sociais. Isso vale para o planejamento da família, o uso dos recursos naturais e, sobretudo, a prática da boa educação. "


É de homens como Antônio Ermírio que necessitamos. Felizmente, contamos com ele; e já nos basta.


Diário do Comércio (SP) 4/7/2007