Arthur Xexéo, meu parceiro num programa da CBN, faz uma espécie de retrospectiva sobre o passado, bolou a "Mala do Ano", em que destaca as principais gafes, besteiras e chatices de personagens que em 2015 encheram o saco do respeitável público, tornando-se eméritas malas sem alça que fomos obrigados a carregar.
Todos os meios de comunicação, jornais, revistas, rádio e tevê também fazem retrospectivas do ano que acabou (sem o humor do Xexéo) e poucos, pouquíssimos, desprezam as retrospectivas e se atrevem a fazer perspectivas para os doze meses que adentram o gramado.
Um deles, um indiano que é cego de nascença, chamado Allan Richard Way, que mora num subúrbio de Londres, numa casa em estilo Tudor, além de ser o único vidente cego da história humana, só dá entrevista uma vez por ano, ao repórter Robert Macpherson. É famoso porque sempre acerta em suas previsões.
Nesse ano que acabou, ele previu naufrágios, terremotos, erupção devastadora de vulcões, quedas de aviões, atentados terroristas e até mesmo o rebaixamento do Vasco e a demissão do ministro da Fazenda do Brasil.
Considerando-me inofensivo, sem repercussão internacional, Macpherson me passa algumas informações sobre suas previsões, privilégio que só concede a mim e ao repórter armênio, Kara Karadagian.
Vamos ao que interessa. O papa Francisco levará um tombo, um nódulo de sangue no cérebro começará um processo de Alzheimer e o papa anterior, Bento 16, renunciará a sua renúncia e voltará ao trono de São Pedro. O Estado Islâmico fará um atentado por ocasião das Olimpíadas no Rio, derrubando a estátua do Cristo Redentor e matará 112 pessoas durante o carnaval que se aproxima. Roberto Carlos ganhará o Nobel da Paz e um cronista brasileiro será demitido pelas infâmias que escreve.