Tais vestígios foram coletados em 1999 na poesia de Abū al-ʿAlāʾ al-Maʿarrī (973 a 1057), entre Aleppo e Damasco, revistos em 2011, no Rio. Uma coletânea de recortes e incisões sobre conjuntos maiores, livremente redesenhados, fora dos limites impostos ao tradutor. Não passam de conchas na areia de um mar inacabado.
As Plêiades fenecem como as flores brancas.
*
Inseparáveis caminham o bem e o mal
Também o mel é salpicado de amargor
Remédio para a vida é desnascer.
*
Ó alma, vens do vento? Cesse o vento!
Gerada pela chama: que se apague!
*
Se a noite não abriu tuas feridas
o dia dobrará teus desenganos.
*
Uma noite sem lua um deserto de trevas,
a vida, e vem depois o cintilar do nada.
*
Meu coração, rival que não dá trégua,
não sei como salvar-me de mim mesmo.
*
Minha vida é uma nuvem para a morte
Iguala-se ao trovão minha palavra.