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Agrotóxicos à mesa

 

À falta de matéria mais interessante, um dos jornais de grande circulação em São Paulo deu a seguinte manchete: Tomate, Morango e Alface têm excesso de agrotóxicos.


O agrotóxico veio combater as pragas que infestam as hortas nos arredores de São Paulo, principalmente a horta japonesa de Mogi das Cruzes. Estamos condenados a ingerir agrotóxicos, que evidentemente levam ao organismo o veneno contido nas toxinas empregadas para matar outras pragas, as que habitam as lavouras.


Está em jogo a saúde do povo consumidor, das feiras livres aos supermercados, que não deixaram de comprar tomates, morangos e alfaces com agrotóxicos pelo simples motivo de estar aprovado pelo governo o uso de substâncias contra pragas daninhas encontradas nas culturas indicadas pelo jornal.


O mal é antigo; vem de muito tempo o uso do agrotóxico contra as pragas que dominam as plantas nutritivas postas à venda nas feiras e supermercados. Toda dona de casa sabe disso e sabe também que a quantidade de agrotóxicos ingeridos pelo consumidor é mínima, não causando mal algum ao indivíduo. Nos demais países, principalmente nos EUA, o agrotóxico foi notado em vantagens. Foi quando se afastou das plantas nutritivas a praga daninha da peste, que infestava hortas urbanas e suburbanas. Tanto nos EUA como também nos países que copiam o que lá se faz.


Os agrotóxicos são encontrados facilmente em qualquer mercado ou cooperativas, podendo ser usados livremente nas hortas urbanas e suburbanas, aliviando, portanto, o mal da praga, que infesta as plantações de gêneros altamente consumidos pelos interessados.


Tem-se no agrotóxico, por outro lado, um fator contrário ao seu uso quando nocivo à saúde humana, embora se consumido em larga escala. Na quantidade consumida pelas frigideiras domésticas, não afeta a saúde humana, segundo a palavra oficial que, aliás, autorizou a sua venda livremente no mercado consumidor.


É esse o caminho que os chacareiros têm pela frente, para evitar que venham a cair sobre eles as proibições de venda do mercado de produtos hortifrutigranjeiros, que levam a maior parte dos agrotóxicos em suas folhas.


Diário do Comércio (SP) 2/5/2008