Essa publicação faz parte da coleção Série Essencial
A reavaliação hoje, ano da graça de 2010, da poesia de Álvares de Azevedo - nascido em 1831 e morto em 1852 - começa por descartar versos e/ou poemas que nos soam despersonalizados e artificiais, em função de estereótipos românticos, de sentimentalismos exagerados e de inflexões flagrantemente "literárias", que os tornam irremediavelmente datados. Ela termina, no entanto, por constatar o acerto de algumas de suas opções estéticas entre os múltiplos caminhos que o Romantismo lhe descontinava. Escrevendo toda a sua obra entre 1848 e 1852, quando cursava a Faculdade de Direiro em São Paulo, onde nasceu, o rapaz mal saído da adolescência soube discernir, no horizonte de possibilidades que lhe oferecia seu momento histórico-cultural, as inscrições que se assegurariam a sua singularidade no panorama da poesia brasileira do tempo. [...] Marlene de Castro Correia