Essa publicação faz parte da coleção Série Essencial
Em artigo sobre Afrânio Coutinho, publicado no Jornal do Brasil em 22 de abril de 1983, Tristão de Athayde, após referir-se ao escritor como “o Copérnico crítico de nosso universo literário”, afirmou: “Assim como o grande astrônomo renascentista mudou a figura do nosso cosmos, do unicentrismo para o policentrismo, a crítica de Afrânio Coutinho fez o mesmo em face de nossas letras de todos os tempos”. Realmente, se alguém se dispõe a examinar a obra deste grande pensador, a observação de Tristão de Athayde se faz de imediato evidente, e não apenas na esfera da crítica literária, mas em todas as áreas em que se envolveu. Afrânio Coutinho foi escritor, professor, pesquisador, jornalista, educador, humanista, bibliófilo, criador da primeira Faculdade exclusivamente de Letras no país e membro da Academia Brasileira de Letras, mas foi antes de tudo um homem de seu tempo e lugar, dotado de grande talento filosófico, que revolucionou, com sua escrita fina, os estudos de Literatura no Brasil. [...] Eduardo F. Coutinho