Essa publicação faz parte da coleção Série Essencial
Por qualquer lado que se aborde, a figura de Vianna Moog desperta interesse. Pela biografia do cidadão: gaúcho, jovem ainda e já funcionário federal, é um entusiasta da Revolução de 30, dela participando ativamente, mas logo passará para a oposição a Getúlio, sendo por isso transferido sem apelação para Manaus, amargando um exílio dentro do país que talvez nenhum outro de sua geração tenha conhecido. Pelo seu trabalho como romancista: autor de um romance antirracista escrito no calor da ascensão do nazismo, conhece a fama quase instantânea, vendo sua obra dramatizada no rádio, lida nas escolas e até sondada para adaptação pelo cinema norte-americano. Pelo lado do ensaísta: está entre os mais destacados intelectuais do país, ao lado de Mário de Andrade e Gilberto Freyre, para conferenciar aos estudantes universitários do Brasil, em 1942, na capital federal, pronunciando aí uma palestra sobre a literatura brasileira que será em pouco tempo traduzida para várias línguas cultas do Ocidente. [...] Luís Augusto Fischer
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