Essa publicação faz parte da coleção Coleção Antônio de Morais Silva
A atmosfera de humildade que, por toda a vida, envolveu a figura humana e a sua atividade de professor de Língua Portuguesa do Seminário de Olinda, impede-nos de dissertar, ainda que brevemente, sobre o autor de Tradições Clássicas da Língua Portuguesa.
Nem nos arquivos e documentos daquele Seminário nem no depoimento de contemporâneos de Ordem e de trabalho, como ocorreu com a entrevista ao ilustre Padre Arnaldo Cabral, a quem chegamos pela mediação da ilustre colega e amiga Prof.a Dr.a Nelly Carvalho, glória do magistério superior pernambucano. O Padre Arnaldo só nos disse da extrema humildade do religioso e da excessiva competência do professor. Também não nos foi possível localizar com certeza seu torrão natal em Pernambuco; na opinião do nosso entrevistado, seria talvez Vitória de Santo Antão. Pela própria informação do autor, provindo de família muito pobre e, acolhido pelo Seminário de Olinda, nele encontrou os recursos para ascensão cultural, chegando a integrar o quadro de professores do tão conceituado Seminário. Na dedicatória estampada no livro é peremptório: “Ao queridíssimo Seminário de Olinda, ao qual tudo devo (...)”. A essa instituição também deve o seu mestre de vernáculo: “(...) onde aprendi do meu excelente mestre de português, o virtuoso e ilustrado sacerdote Cônego Alfredo Xavier Pedrosa, a amar com ardor a língua-pátria”. [...] [Apresentação de Evanildo Bechara]